A Ginástica Hipopressiva foi criada pelo Professor Doutor Marcel Caufriez, fisioterapeuta belga, doutorado em Ciências da Motricidade e especializado em Reabilitação. As Técnicas Hipopressivas englobam posturas e movimentos que visam a diminuição da pressão nas cavidades torácica, abdominal e pélvica.
Durante os seus estudos Marcel verificou que os exercícios hipopressivos proporcionavam alguns benefícios:
Apaixonado pela reeducação uroginecológica , através de sua dedicação a reabilitação no pós-parto, Caufriez criou a primeira técnica hipopressiva a qual chamou de aspiração diafragmática.
Esta técnica surgiu como uma alternativa para conseguir a tonificação dos músculos abdominais de mulheres no período pós-parto. Dado que as técnicas de fortalecimento empregadas até aquele presente momento implicavam um enorme risco de causar alterações na estática pélvica essa era uma importante alternativa. (Caufriez, Fernandez, Fanzel e Snoeck, 2006).
Assim, a pressão intra-abdominal é reduzida e os músculos internos do abdômen são fortalecidos. Além do mais, o períneo também fica mais forte e a compressão dos discos intervertebrais da região lombar é diminuída, o que melhora as dores na coluna.
Como a musculatura do períneo, responsável pela contração vaginal, fica mais forte, a sensação de prazer torna-se muito maior na hora do sexo, principalmente porque a circulação sanguínea local é ativada, o que aumenta a sensibilidade.
Atualmente, são vários os estudos que demonstram o efeito negativo dos exercícios abdominais clássicos (fásicos) sobre o tônus do assoalho pélvico das mulheres e o impacto nas patologias de prolapsos pelvianos.
O exercício abdominal comumente utilizado para o fortalecimento dos músculos desta região favorece o aumento da pressão intra-abdominal e, com isso, um aumento da sobrecarga no períneo e na coluna.
A ginástica hipopressiva, por sua vez, auxilia no maior controle dos diferentes músculos abdominais, uma vez que estimula maior percepção da região abdominal e de seus órgãos.
Em contrapartida, existe cada vez mais comprovação científica da implicação terapêutica positiva da GAH em muitas patologias funcionais, em particular, aquelas relacionadas com o “Síndrome de Deficiência Postural” (Martines da Cunha – Lisboa 1979). Exemplos são as artralgias crónicas, dorsalgias, lombalgias, cervicalgias, ciatalgias, escolioses idiopáticas, fadiga crónica, etc.
Os resultados, é claro, ficam restritos à capacidade do praticante em realizar corretamente as séries, uma vez que estas exigem maior concentração e consciência corporal. Algumas pessoas não evoluem com facilidade, então é necessário um maior tempo para se atingir os objetivos. No entanto, se o indivíduo conseguir realizar os exercícios hipopressivos de maneira correta, é possível perceber a melhora da silhueta na primeira semana de terapia.
Quem pratica estes exercícios regularmente pode observar seus benefícios em 4 semanas.
Segundo os especialistas, o paciente começa a perceber a mudança na região como se fosse uma cinta que envolve a área abdominal anterior e lateral. Esta “cinta” trabalha ativamente durante os movimentos do corpo sem que a pessoa precise pensar durante suas atividades para contrair a musculatura do abdômen.
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